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  • Carta do Ministro Geral para o Natal do Senhor 2023

    «Este é o dia que o Senhor fez, exultemos e alegremo-nos nele! Porque um Menino santíssimo e dileto nos foi dado e nasceu por nós no caminho e foi colocado no presépio, porque ele não tinha um lugar na hospedaria» Ofício da Paixão do Senhor XV, 6-7 A todos os Frades Menores da Ordem Às Irmãs contemplativas da nossa Família Às Irmãs da TOR e aos irmãos e irmãs ligados à nossa Ordem . «Este é o dia que o Senhor fez, exultemos e alegremo-nos nele! Porque um Menino santíssimo e dileto nos foi dado e nasceu por nós no caminho e foi colocado no presépio, porque ele não tinha um lugar na hospedaria»1 . Assim rezou são Francisco com os seus irmãos no dia de Natal. Desejo fazer o mesmo convosco, caríssimos Irmãos e Irmãs, neste tempo do Advento e do Natal de 2023, atravessado pelas sombras e pelas luzes da guerra e da violência em muitas partes do mundo, não menos importante a Terra abençoada onde o Senhor quis nascer e morrer pobre e ainda hoje continua a sua agonia. O primeiro convite do salmo composto por Francisco é o da alegria, que hoje parece muito difícil: como ser feliz, de fato, em meio a tantos sinais de morte e diante de um futuro incerto? Temos o direito à alegria quando tantos são privados da paz e da própria vida? Então, como podemos experimentar e proclamar hoje a alegria do Advento e do Natal? Creio que nos é pedido que aprendamos a reconhecer o que trava em nós a experiência da alegria e da paz. É por isso que chamo a nossa atenção para a presença em nós desses “maus pensamentos” - como a tradição espiritual os chama - que são verdadeiros sabotadores da alegria e da paz. A gula deforma nossa relação com a comida, enganando-nos a pensar que estamos saciados, portanto felizes; não só, essa move dentro de nós a luxúria, que deforma nossa relação com o corpo e a sexualidade, não mais vivida como um espaço de encontro, mas de posse. A ira deforma nosso relacionamento com os outros, porque nos prende em nossas ideias e posições, que defendemos a qualquer custo. Desta forma, estamos expostos à vanglória e ao orgulho, que distorcem a relação com o que fazemos e com Deus, porque o espaço é todo ocupado por nós. Queremos comprar tudo, por medo da morte, como nos revela a avareza, a relação distorcida com as coisas e o dinheiro. E aqui está o outro pensamento que deforma a nossa relação com o espaço, a acídia, o mal sombrio que nos assalta no meio da vida, fazendo-nos acreditar que outro lugar e outras ocupações serão melhores para nós e que ninguém entende isso, ainda nos colocando no centro de tudo. Não há alegria se vivemos assim e por isso a tristeza nos ataca, o que deforma nossa relação com o tempo, encurtada pelo sentimento doloroso que tudo passa. Quis voltar a essas raízes do mal antigo que está em nós, porque a violência do terrorismo e da guerra, com tudo o que desencadeia, nos põe em contato com aquele poço profundo de pensamentos e sentimentos que corrói em nós a paz e a alegria. É daqui que podemos descobrir-nos co-responsáveis pelo mal presente no mundo, com a sua pretensão de substituir Deus. O mal não é uma piada. São Paulo diz que há algo que detém a plena revelação do Senhor «no esplendor da sua vinda»2 , e não sabemos o que ou quem seja. No entanto, sabemos que somos peregrinos e forasteiros nesta luta e vigilantes na expectativa da vinda do Senhor. Por isso não nos amedrontam, embora dramáticos, os sinais dos tempos em que vivemos. Com efeito, na espera do Senhor, temos o cuidado de lê-los com fé, de mudar os corações e as ações com o seu amor, «para que Deus seja tudo em todos»3 . Permitamos, pois, ao Senhor, que vem iluminar esta obscura área presente em nós, abrir-nos às às virtudes que o Espírito infunde em nós: como nos recorda São Francisco, essas são a alegria e a simplicidade, a pobreza, a humildade, a caridade e a obediência: são essas virtudes que confundem os maus pensamentos e nos orientam para o Senhor4 , para que a alegria da fé e do seguimento de Cristo irrompam, mediante uma vida luminosa e não resignada e triste Este caminho é possível nas pegadas de Francisco, que em Greccio acolhe a vinda do Senhor na Eucaristia, onde «eis que diariamente ele se humilha, como quando veio do trono real ao útero da Virgem; diariamente ele vem a nós em aparência humilde; diariamente ele desce do seio do Pai sobre o altar nas mãos do sacerdote»5 . É a humilhação do Senhor que nos abre o caminho para as fontes da paz e da alegria, com todas as criaturas. Com efeito, na Eucaristia podemos restituir ao Pai, em Cristo e no poder do Espírito, esta criação que «geme e sofre as dores do parto até hoje»6 . Paz, alegria e gemido da criação: não uma alegria barata, mas a perfeita alegria que Francisco amadureceu desde o Natal de Greccio até o encontro com o Senhor acolhido no Alverne. Acompanhe-nos de novo, com tantas pessoas de boa vontade deste tempo, rumo à alegria descoberta num Menino que nasce no caminho, como tantos que hoje fogem das guerras, da fome e da injustiça. Uma alegria simples e verdadeira, que já agora nos faz saborear aquela do retorno do Senhor, que invocamos: Maránathá, Vem, Senhor Jesus! Sentimos tua falta e hoje sentimos teu silêncio com dor. É neste tormento de ausência que vens ao nosso encontro? Não estás longe de nós, mas te deixas reconhecer. Dá-nos a fé de Maria, capaz de esperar! Com os meus melhores votos para o Advento e o Natal do Senhor, cheios da sua paz para todos. Roma, 29 de novembro de 2023 800 anos após a aprovação da Regra Bulada Frei Massimo Fusarelli, ofm Ministro geral 1 - Ofício da Paixão do Senhor XV, 6-7. 2 cf. 2Tes 2,3-8b. 3 1Cor 15,28. 4 cf. Saudação às Virtudes, 10-15. 5 Admoestação I, 16-18. 6 Rom 8, 22.

  • Música "Presépio Vivo" do Frei Sadi Rambo OFM

    Este ano celebramos 800 anos da criação do primeiro presépio feito por São Francisco de Assis na noite do Natal de 1223 em Greccio na Itália. Para tornar mais significativa a celebração deste importante jubileu, o Frei Sadi Rambo OFM, criou a canção "Presépio da Vida" que apresentamos abaixo: PRESÉPIO DA VIDA (Frei Sadi Rambo OFM) 1. No céu a estrela brilhou/ Nasceu o Cristo Jesus/ Para a alegria do povo/ Natal é tempo de Luz. / Maria, José e os pastores/ É noite lá em Belém/ E os anjos entoam glórias/ E cantos de Paz e Bem! Refr.: / Há muitos anos atrás/ Um fato novo se deu// :É o Presépio da Vida/ Onde o Menino nasceu:// 2. São Francisco de Assis/ O santo da Criação/ Une os frades e os povos/ No ato da Encarnação. / Eis o altar da esperança/ Na ceia da comunhão/ É o divino e o humano/ No rosto de cada irmão. 3. Aqui é a nova Belém/ A noite do Salvador/ Famílias abençoadas/ Oferecem seus dons de amor. / É a grande festa cristã/ Cenário vivo e real/ Na igreja soam os sinos/ À luz de um novo Natal. LETRA DA MÚSICA COM CIFRA ÁUDIO DA MÚSICA EM MP3 https://static.wixstatic.com/mp3/961048_4064753317124209b5489f745dbed2e2.mp3 CLIPE DA MÚSICA

  • SAV da Família Franciscana do RS elege nova coordenação para o biênio 2024/2025

    Neste final de semana, 01, 02 e 03 de dezembro, os representantes do SAV (Serviço de Animação Vocacional) das congregações e ordens da Família Franciscana do RS realizaram seu encontro de planejamento da caminhada. O encontro aconteceu no Pensionato São José em São Leopoldo (RS) e contou com momentos de partilha, convivência, avaliação, planejamento e eleição da nova coordenação. Para o próximo biênio 2024/2025 as atividades do SAV da Família Franciscana do RS serão coordenadas pela equipe: Irmã Ednalva das Irmãs Franciscanas Capuchinhas de Madre Rubatto, Irmã Ivone das Irmãs Franciscanas do Apostolado Paroquial e pela Irmã Samanta das Irmãs Franciscanas Bernardinas.

  • Implicações práticas do 8º Centenário do Presépio de São Francisco no Natal de Greccio

    Implicações na vida pessoal, fraterna, eclesial e social Introdução A equipe do JPIC recebeu a tarefa de refletir e de sugerir as consequências práticas do jubileu do presépio na preparação e na vivência do Natal. O texto que segue resgata de forma sintética os fundamentos teológicos-franciscanos da encarnação de Jesus. E indica suas múltiplas, não todas, implicações práticas nas várias dimensões do ser humano. Cabe a cada frente de evangelização aplicar aquelas sugestões práticas que melhor impactam na sua realidade eclesial e social. Ou decidir a aplicação de outras sugestões práticas provindas da reflexão do jubileu do presépio a partir da realidade onde os frades estão inseridos. I - NATAL ECOLÓGICO, CUIDADO COM A CASA COMUM Jesus nasceu em sintonia com a Casa Comum. Seu lar foi uma gruta, lugar de refúgio e de alimentação dos animais. Seu leito um coxo com palhas, o “prato” dos animais. Sua companhia os animais, a lua, as estrelas, o ar, o vento. Sua primeira visita, os pastores com suas ovelhas. Ao assumir a natureza humana na condição de pobre na periferia de Belém, Jesus é acolhido por vários seres criados. Eles também se alegraram com a vinda do Messias-Salvador. Sua missão sanadora inclui todos os seres criados, pois eles também sofrem as consequências do pecado das origens. Jesus veio restaurar a fraternidade cósmica (Is 65,25; Rm 8,22). São Francisco tem consciência que Deus é o Criador de tudo o que existe. Por isso, Ele é o “Pai’ de todo ser criado. E toda criatura é seu “filho”. Portanto, todos os seres criados são irmãos, irmãs. Como toda a criação sofre dores de parto, Jesus veio “salvar” a todos para que haja harmonia entre todas as criaturas nascidas das mãos divinas. Todo seguidor de Jesus se compromete a trabalhar para que haja harmonia na Casa Comum. Nesse sentido, o discípulo de Jesus e, de modo muito particular, os que seguem o espírito de Francisco, assumem o seu projeto de instaurar o Reino de Deus na dimensão do cuidado da Casa Comum. Ela não suporta mais tanta intervenção inadequada da pessoa humana. E um dos resultados dessa intervenção são as mudanças climáticas que geram incalculáveis prejuízos humanos, ecológicos, físicos e materiais. E, como sempre, os que mais sofrem com os desequilíbrios climáticos são os pobres. Isso fica muito claro nas atuais mudanças climáticas: secas, enchentes, nevascas, ciclones, queimadas, etc. Sugestão de gestos concretos: coletar produtos reciclados e doá-los aos catadores; fazer do lixo orgânico, adubo; fazer campanha para que as famílias façam composteiras; utilizar lâmpadas led na decoração do Natal, reduz o custo de luz até 80%; se possível utilizar papel reciclado para os embrulhos; no fim das festas poupar água nas lavagens da louça, e escolher produtos biodegradáveis e não tóxicos. Isso faz a diferença no ambiente; coleta seletiva do lixo nos municípios; hortas ecológicas e comunitárias; produção agroecológica; Natal ecológico não pode ter plástico; dentro do possível, comprar produtos orgânicos, que são mais saudáveis e não possuem produto químico; separar as embalagens que podem ser recicladas; organizar mutirão de limpeza de locais na qual a mesma está descuidada ou ausente; fazer um folder com dicas concretas para um Natal ecológico. II - NATAL SOLIDÁRIO, GESTO DE SOLIDARIEDADE COM OS POBRES Jesus nasceu na periferia de Belém numa gruta junto aos animais. Francisco ficou muito impressionado pelas condições precárias em que Jesus nasceu. Ele de condição divina, não quis nenhum privilégio, nem mesmo, ao nascer. Escolheu nascer pobre, humilde, despojado e na periferia. Os primeiros convidados a visitar Jesus foram os pastores, gente pobre e simples. Eles tiveram o privilégio de contemplar o Verbo de Deus que assumiu a condição humana pobre, simples, frágil, esvaziado da condição divina. Jesus na sua missão sanadora-salvadora-libertadora, privilegia os pobres e aqueles que sofrem os mais diversos males (Lc 4,18ss). E se faz presente nos necessitados e neles suplica nossa solidariedade (Mt 25,31-46). Ao vivenciar o presépio vivo, São Francisco queria observar “os apertos” e as necessidades que o menino Jesus passou. E sentir o despojamento do Filho de Deus, que por amor, escolheu se identificar com os pobres e os pequenos desse mundo. Decidiu assumir sua condição de vida para expressar e testemunhar a compaixão de Deus, seu Pai, aos pobres e excluídos de seu tempo. São Francisco seguiu os passos de Jesus na solidariedade com os pobres. Ele assumiu a condição de pobre, de menor, como opção de vida para ser solidário com os pobres de seu tempo. Ele convivia com os pobres. Ele e seus companheiros buscavam o seu sustento com o trabalho de suas mãos. E quando o resultado do trabalho não era suficiente, recorria à mesa do Senhor, a esmola, como todo e qualquer pobre. Dom Helder Câmera inspirado em São Francisco, a partir da realidade do Nordeste, intuiu que o pobrezinho de Deus vivenciaria outro tipo de presépio-vivo. “HOJE, FRANCISCO Em lugar de Presépio a manjedoura de Belém preferes ajudar a descobrir Presépios-vivos Onde o Menino Deus chora de fome e frio. Enfrenta desinteria e desidratação”. Sugestão de gestos concretos: fazer campanha diferenciada para dar melhores condições de vida para as crianças pobres de nossas paróquias: comida, vestimenta, produtos de higiene, calçados, berços, remédios, melhores condições da casa, etc. Aí depende de levantamento das principais necessidades das crianças. Cada presença evangelizadora, a partir de sua realidade, promova gestos concretos de solidariedade com os pobres e os excluídos. III - NATAL ECUMÊNICO, CELEBRAÇÃO ECUMÊNICA OU INTER-RELIGIOSA A segunda visita que o menino Deus recebeu foi de gente de outros povos, de outras raças, os magos – considerados sábios. Deus através da estrela, atraiu os magos como visitadores privilegiados de seu Filho Unigênito. E eles ao verem o menino, o adoraram e reconheceram, através de seus presentes, a divindade, a humanidade e a realeza de Jesus. Deus ao convidar os magos para reconhecer seu filho como Salvador, deixou bem clara a missão de seu filho, ele veio como Salvador de todos os povos e raças. E não apenas para o povo de Israel que se considerava o único escolhido por Deus. A visita dos magos, expressa o amor universal de Deus. Ele não exclui ninguém. O seu coração amoroso, misericordioso, compassivo acolhe a todas as pessoas independentemente de suas opções religiosas, culturais, de gêneros, etc. São Francisco, mais que ninguém, entendeu a missão salvífica de Jesus. Sua encarnação, missão, morte e ressurreição se estende a todos os povos. Toda a humanidade é redimida por seu sangue derramado na cruz. Todos os povos se beneficiam de sua ressurreição. Por isso, sua postura frente aos muçulmanos é totalmente distinta do agir da Igreja da época. Daí advém o modo franciscano de se relacionar com respeito, com reverência, com diálogo com aqueles que tem outro credo religioso, outra cultura, outras opções de gênero. Sugestão de gestos concretos: celebração ecumênica ou inter-religiosa do Natal promovida pelas nossas presenças evangelizadoras; fazer pequeno ritual para colocar no presépio figuras representativas de outras religiões. Pode ser feita antes da bênção final da missa ou numa celebração inter-religiosa. E deixar pequena explicação junto ao presépio do porquê dessa presença. IV - NATAL VISUALIZADO “Aquilo que os olhos não veem, o coração não sente”. É um ditado que tem boa dose de verdade. São Francisco ao inventar o presépio queria ver “os apuros”, a situação precária em que nasceu o Filho de Deus. Ao contemplar a pobreza, a humildade, o despojamento do Menino Deus, certamente, o coração de Francisco ficou profundamente afetado, tocado, emocionado. E não apenas com Jesus, mas também com Maria e José. Bem que Francisco gostaria de estar junto a Jesus para amenizar as suas necessidades básicas. Sua mente não conseguia entender tão profundo mistério, o Rei dos Reis, o Filho de Deus, esvaziar-se totalmente para assumir a condição humana de uma criança pobre. Desprovida de todas as condições humanas adequadas, necessárias para fazer sua morada na Casa Comum. Ele, além do choque necessário de sair do útero materno, lugar totalmente protegido e agradável, para um lugar adverso, teve que sentir o desconforto do coxo, das palhas, do frio, da noite escura. Tinha apenas o conforto da presença dos pais e dos animais que o aqueciam com sua respiração. Sugestão de gestos concretos: que toda a atividade natalina no espírito de São Francisco proporcione uma visualização que passe dos olhos para o coração (sentir), da cabeça (entender) e para as mãos (agir). V - NATAL BEM PREPARADO Todos sabemos que a preparação acurada de toda e qualquer atividade dá bons frutos. São Francisco tinha consciência de que o presépio vivo daria certo se fosse bem preparado. Por isso, encarregou seu amigo João para que preparasse, com antecedência, o cenário do presépio vivo. Nele Francisco veria, ao vivo, a reação do Menino Deus deitado sobre as palhas do coxo acompanhado de seus pais e do burro e do boi. Uma cena bem parecida no palco da gruta de Belém. Inspirados em São Francisco, somos convidados a delegar toda e qualquer atividade referente ao presépio e ao Natal a pessoas competentes. Conclusão Tudo o que for feito referente aos 800 anos da criação do presépio, seja, com antecedência, bem preparado por pessoas comprometidas com Natal dentro do espírito franciscano. Que aquilo que for feito em nossas frentes de evangelização em relação ao Natal ajude a Fraternidade local e os fiéis a viver, com maior profundidade e comprometimento, o espírito do Natal: a encarnação do filho de Deus e suas consequências para a vida pessoal, eclesial e social. Equipe JPIC

  • Advento: Preparação do Natal

    Estamos novamente no belo tempo de preparação do santo Natal. Esse tempo que antecede a festa da Encarnação do Senhor é chamado pela Igreja com o termo: Advento. Ele abrange as quatro semanas que antecedem a celebração do nascimento de Jesus, sempre em data fixa: 25 de dezembro. O conteúdo teológico-litúrgico dessa preparação contém dupla dimensão de esperança: Preparação para o nascimento de Jesus Cristo e espera pelo Senhor na parusia (fim dos tempos). Afirmam as Normas Universais sobre o Ano Litúrgico e o Calendário da reforma do Concílio Vaticano II: “O tempo do Advento possui dupla característica: sendo um tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um tempo em que, por meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda vinda do Cristo no fim dos tempos. Por este duplo motivo, o Tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa e alegre expectativa” (Missal Romano – NUALC 39). Essas características se misturam, ora acentuando-se mais a um, ora mais a outro aspecto. O Advento é, pois, tempo de espera, de vigilância, de atenção e cuidado. Por estas características, percebemos que esse tempo litúrgico traz consigo algo da experiência própria de uma mulher grávida, que espera e se prepara em vista do nascimento de seu filho, em progressiva gestação. Ainda não é Natal, mas a Criança, em breve tempo, nascerá. A liturgia define oficialmente o Advento como “tempo de feliz e piedosa expectativa”. O tema da esperança cristã é fascinante; dá um sabor especial à nossa vida. Aliás, só ela dá o verdadeiro sentido ao nosso viver, pois somos seres em realização. Somos inquietos e abertos, projetando-nos constantemente diante de nós mesmos, para o futuro, para a plenitude. Nosso coração estará inquieto até que descanse em Deus (cf. S. Agostinho), pois fomos criados para sermos à Sua imagem e semelhança. O Advento ainda é promessa; o Natal já é a realidade do Deus conosco (Emanuel). O Advento é, portanto, período de serena e silenciosa expectativa: preparação para o nascimento de Jesus Cristo, o Filho de Deus entre nós. Quando João Batista apresenta Jesus como o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo (cf. Jo 1, 29), o Precursor convida todos à conversão de vida: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (Mt 3, 3). É o que hoje cada cristão, cada família, cada comunidade e toda a Igreja procuram vivenciar pela escuta da Palavra de Deus, pela oração, pela participação na liturgia da Igreja, pela prática da solidariedade, por atitudes que revelam conversão para os valores do Evangelho, que Jesus veio anunciar. O tempo do Advento seja mais do que preocupar-nos com presentes de Natal ou festas de fim de ano. Vivamos o tempo da Igreja grávida, aquela que se prepara a fim de gerar o Senhor da Vida; Aquele que dá novo sentido ao nosso viver. Se nos sentimos pequenos demais para preparar os caminhos do Senhor, inspiremo-nos em Maria Santíssima, Mãe de Jesus e nossa, que, no dizer do Papa Francisco, “É aquela que sabe transformar um curral de animais na casa de Jesus, com uns pobres paninhos e uma montanha de ternura… Como Mãe de todos é sinal de esperança para os povos que sofrem as dores do parto até que germine a justiça” (EG 286). Desejamos frutuoso Advento, tempo que nos ajude a preparar um santo Natal! Dom Aloísio Alberto Dilli Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)

  • 800 anos da confirmação da Regra reúne franciscanos em Roma

    Membros da grande família franciscana estarão reunidos na tarde desta quarta-feira na Basílica de São João de Latrão para uma liturgia que terá o sabor da festa, da reflexão e do aprofundamento deste texto base de toda a experiência espiritual franciscana, nas suas numerosas declinações em todo o mundo. Neste 29 de novembro de 2023 completam-se exatamente 800 anos desde a confirmação pelo Papa Honório III, no Palácio Apostólico de São João de Latrão, em Roma, da Regra Bulada dos frades menores redigida por São Francisco. A carta original de Honório III é um documento perfeitamente legível, escrito em folha de pergaminho, que inclui o texto da Regra devidamente autenticado e registrado. A autenticação é confirmada por um selo. O nome da Regra Regula Bullata – Regra confirmada por uma bula, deriva desse selo (em latim, bulla). A carta tem a data de 29 de novembro de 1223, por isso, a Regra é também conhecida como a Regra de 1223. Para celebrar este aniversário, que ao mesmo tempo é de grande valor histórico, carismático e espiritual, os membros da grande família franciscana - frades, religiosas, leigos pertencentes às três Ordens fundadas por Francisco - são convidados a ir à Basílica de São João de Latrão em Roma às 15 horas (horário italiano) desta quarta-feira, para uma liturgia que terá o sabor da festa, da reflexão e do aprofundamento deste texto base de toda a experiência espiritual franciscana, nas suas numerosas declinações em todo o mundo, até hoje. A celebração será presidida pelo cardeal Angelo De Donatis, arcipreste da Basílica e vigário do Papa Francisco para a Diocese de Roma. A este propósito, ele lerá também uma mensagem enviada pelo Santo Padre a todos os franciscanos e mulheres franciscanas do mundo, para renovar o convite à fidelidade criativa às intuições de São Francisco na Igreja de hoje, em caminho sinodal e em saída às periferias da história e da sociedade, para o bem do mundo inteiro. A celebração será transmitida no site oficial do centenário franciscano (2023-2026) www.centenarifancescani.org O promotor do evento é a Comissão da Família Franciscana para o Centenário Franciscano, instituída pela Conferência da Família Franciscana, composta pelos ministros gerais da Primeira Ordem Franciscana (frei Massimo Fusarelli, OFM, frei Roberto Genuin, OFMCap, frei Carlos Alberto Trovarelli , OFMConv), pelo frei Amando Trujillo Cano, ministro geral da TOR, pela Irmã Frances Marie Duncan, presidente da Conferência Franciscana Internacional dos Irmãos e Irmãs da Terceira Ordem Regular, e por Tibor Kauser, ministro geral da OFS. O pergaminho original da Regra Bulada, com o selo papal, é guardado e exposto aos visitantes e peregrinos na Basílica de São Francisco de Assis. *Vatican News - Com Sala Stampa - Sacro Convento di San Francesco

  • Morre, aos 85 anos, Frei Dorvalino Fassini OFM

    Irmãs, Irmãos! Paz e Bem! Nós, Freis Franciscanos do Rio Grande do Sul, com pesar, comunicamos o falecimento do nosso Irmão, Frei Dorvalino Francisco Fassini, OFM, ocorrido hoje, 12/11/2023, às 11h30min, em casa, de morte natural, na companhia dos Confrades. “NECROLÓGIO” Frei Dorvalino Francisco Fassini, OFM, filho de Francisco Fassini e Rosina Fassini, nasceu em Picada São José, Arroio do Meio (hoje Encatado), Rio Grande de Sul, no dia 08 de março de 1938. Foi batizado na Igreja Paroquial de Arroio do Meio e crismado na Paróquia São Caetano, da Linha Dr. Ricardo, por Dom João Becker. Frei Dorvalino Francisco fez seus estudos correspondentes ao 1º grau Primário, de 1949 a 1950; o Ginasial, de 1951 a 1954; e, o 2º Grau ou equivalente, de 1955 a 1956, sempre, no Seminário Seráfico São Francisco, em Taquari. Seu Noviciado, no ano de 1957, foi vivido no Convento São Boaventura, em Daltro Filho, Garibaldi, RS (hoje Imigrante - RS). Emitiu seus primeiros votos no dia 02/02/1958. No mesmo Convento, de 1958-1959, fez seus estudos de Filosofia. Os estudos de Teologia, realizou-os no Convento Santo Antônio de Divinópolis, MG, nos anos 1960 a 1963. Nesse período, no dia 02/02/1961 fez sua Profissão Solene, em Divinópolis, MG. Sempre em Divinópolis, no dia 14/07/1963, foi ordenado Diácono. Cinco meses depois, no dia 21/12/1963, no Município de Encantado, foi ordenado Presbítero por Dom Alberto Etges. De 1962 a 1972 cursou Ciências Sociais na FUNBA, Bagé – RS. Sua primeira nomeação, concluídos os ciclos de estudos filosófico-teológicos, foi em fevereiro de 1965, quando, deixando Divinópolis, passou a dedicar-se como formador no Seminário Seráfico São Francisco, em Taquari. Dois anos depois, no início de 1967, foi nomeado Pároco da Paróquia São Cristóvão, em Lajeado, RS. Passados nove anos, foi designado para o Curso do CEFEPAL, em Petrópolis, RJ, onde permaneceu por um ano. Na sequência, no dia 08/02/1977, foi nomeado Presidente da Comissão Central do Capítulo Provincial da Província São Francisco de Assis (CCPC), a realizar-se naquele ano, passando a residir na Sede provincial. Nesse Capítulo, no dia 08/12/1977, foi eleito Ministro Provincial. Concluído seu ministério como Provincial, no dia 27/12/1983 foi nomeado Assistente Espiritual da Família Franciscana no Rio Grande do Sul. Um ano depois, no dia 04/12/1984, assumiu como Diretor do CEFEPAL, onde permaneceu por um triênio. Na sequência, no dia 07/03/1988, no Convento São Boaventura, em Daltro Filho, assumiu como Vice-Mestre do Noviciado, Coordenador da Casa de Retiros e Cursos de Franciscanismo. No dia primeiro de janeiro de 1996 foi transferido para a Paróquia São Francisco, em Porto Alegre, RS, como Vigário paroquial por três anos e exercendo os Ministérios de Assistente das Clarissas, Colaborador com a Família Franciscana, Assistente Espiritual e Formador da Ordem Franciscana Secular. Ministérios que exerceu, por longos anos, com unção e entrega. Em 2018 foi nomeado Assistente Espiritual da Ordem Franciscana Secular, no Brasil. Em janeiro de 2021, tempo da pandemia do COVID 19, foi transferido para a Fraternidade Monte Alverne, mantendo as nomeações supramencionadas. No dia 19/08/2023, tendo presente o agravamento de sua saúde, Frei Dorvalino Francisco Fassini, OFM, redigiu, de próprio punho, o pedido de dispensa de todas as suas nomeações, o que foi aceito pelo Definitório provincial. Frei Dorvalino Francisco Fassini teve uma intensa dedicação na orientação de retiros e publicações sobre a Espiritualidade Franciscana. Ao longo de sua vida passou por situações delicadas de saúde, superando-as e convivendo bem fraternalmente com a irmã enfermidade. Depois de longos anos de vida intensa, a Irmã morte visitou-o no dia 12/11/2023. O velório dar-se-á a partir das primeiras horas do dia 13/11/2023, na Capela do Convento São Boaventura, Daltro Filho, Imigrante, RS, seguido pela celebração da Eucaristia, às 10h30m e do sepultamento. Que com a Irmã morte, Frei Dorvalino Francisco Fassini, OFM, descanse nos braços e na Luz e Paz de Deus. Nós, Frades Menores do Rio Grande do Sul, agradecemos pelos cuidados que Frei Dorvalino Francisco sempre encontrou juntos às Equipes de Saúde e a todas as Irmãs e Irmãos que se fizeram próximos, na prece, presença e cuidados, nesses últimos anos. Deus recompense a todos com a Luz e a Paz do Senhor Jesus, na qual nosso Irmão agora descansa. Santa Maria dos Anjos, Rogai por nós! Frei João Carlos Karling, OFM, Secretário Provincial, 12/11/2023. Recordamos, abaixo, um vídeo de Frei Dorvalino Fassini falando sobre a vocação franciscana:

  • CPCA é declarado Instituição de Utilidade Pública pela Prefeitura de Porto Alegre

    O CPCA (Centro de Promoção da Criança e do Adolescente) – Instituto Cultural São Francisco de Assis foi declarado pela prefeitura de Porto Alegre como Organização da Sociedade Civil de utilidade pública. O CPCA, juntamente com outras 472 entidades e organizações recebeu a declaração por manter parceria com o município na execução de parcerias nas áreas de saúde, educação e assistência social. Fundado em 1979, na Lomba do Pinheiro em Porto Alegre (RS), nestes 44 anos o CPCA já atendeu mais de 130.000 famílias e impactou mais de 500.000 pessoas com suas ações na área da educação e assistência social. Atualmente a obra social dos freis franciscanos conta com 05 unidades de diversas atividades para jovens e adolescentes: Casa Sede na Lomba do Pinheiro parada 10, Casa São Francisco na Lomba do Pinheiro parada 15, Casa Nossa Senhora Aparecida na Lomba do Pinheiro parada 16, Casa Santa Clara na Vila dos Herdeiros e a Unidade CRAS ampliada na Vila Mapa. Também estão sob a responsabilidade do CPCA 02 unidades de Acolhimento Institucional e ainda alguns projetos como Ação Rua. Conheça mais sobre o CPCA clicando abaixo: https://cpca.org.br/

  • Freis realizam 1º Congresso dos Irmãos Leigos OFM da Conferência Brasil e Cone Sul

    De 06 a 10 de novembro está acontecendo o 1º Congresso dos Irmãos Leigos OFM da Conferência Franciscana do Brasil e Cone Sul. Com o tema “Renovar e repensar a nossa vocação de irmãos leigos, inseridos na realidade da nossa Conferência e abraçar o nosso futuro sonhando construir laços de fraternidade em saída com os menores de hoje” e o lema “Chamem-se uns aos outros, todos sem exceção, irmãos menores... lavem os pés uns dos outros” (RnB VI, 3-4). Este é o primeiro encontro de frades leigos (não ordenados presbíteros) da Conferência OFM Brasil e Cone Sul que é composta por 12 entidades (províncias e custódias) oriundas da Argentina, Brasil, Chile e Paraguai. O congresso conta com a assessoria do Frei Vanildo Zugno OFMCap que iniciou os trabalhos refletindo a temática “Escuta da realidade, da Igreja e da vida religiosa na América Latina”. O Ministro Geral, Frei Massimo Fusarelli OFM, enviou uma carta aos irmãos do congresso: CARTA DO MINISTRO GERAL Ao Congresso de Irmãos Leigos da Conferência Brasil-Cone Sul Roma, 8 de novembro de 2023 Caros irmãos, que o Senhor lhes dê paz! Junto-me com alegria no encontro de vocês, que é o primeiro daqueles que o Capítulo Geral de 2021 solicitou para toda a Ordem. Agradeço do fundo do coração por abrirem o caminho, que não é fácil para todos os irmãos do mundo aceitarem e promoverem. No entanto, ele é necessário! Por quê? Tento compartilhá-lo com vocês. 1. O encontro de irmãos religiosos é vital para a fraternidade da Ordem, antes de tudo como uma memória carismática. A nossa identidade fundamental é a de sermos irmãos e menores: foi assim que recebemos o dom de viver o Evangelho e de anunciá-lo. Esta vocação é aquilo que nos une e nos identifica como frades menores. A todos, e antes que um ou outro ministério. Convido-os a aprofundar isto. 2. O encontro dos irmãos leigos é importante para recordar a dimensão laical da nossa vida evangélica. Não é primordialmente o ministério ordenado, com a sua dimensão de “separação” e de sagrado, que nos define, mas sim a vida como tal, em contato com tudo o que é humano, amando-a e aprendendo com isso. Aqui amadurece a abertura evangélica para o que é humano, incluindo a dimensão do trabalho, a presença entre e com as pessoas, a corresponsabilidade com as mulheres e os homens do nosso tempo para as questões mais vitais de hoje, entre as quais a paz, a justiça e o cuidado com a casa comum. 3. O encontro dos religiosos irmãos e aquilo que frutificar nele pode ajudar a todos nós a alcançar um contato renovado com a vida religiosa como tal, sem “acréscimos”. Precisamos disto também para que nós, os irmãos presbíteros, consigamos viver duas vocações que permanecem diferentes e que devem aprender a viver em uma tensão dinâmica e criativa. Assim, precisamos uns dos outros para crescer na mesma vocação. Caros irmãos, Recomendo a vocês abrir um espaço de escuta, de partilha, de olhar aberto, para ouvir o que o Espírito está dizendo hoje à Igreja e à nossa fraternidade. Peço a vocês a ousadia de olhar com coragem o presente e o futuro, para que possamos viver a nossa vida com alegria e audácia. Convido vocês a testemunharem a graça de um caminho simples de Frades Menores, gasto na busca do Senhor, na fraternidade, como menores e pobres, capazes de caminhar entre e com os pequenos e os pobres de hoje, na missão de anunciar o Evangelho. Que o Senhor os acompanhe nesse caminho e proteja a todos nós! Saúdo-os fraternalmente com a Bênção de São Francisco. Frei Massimo Fusarelli, OFM Ministro Geral

  • Candiota se prepara para a 59ª Festa da Imaculada Conceição

    59ª Festa da Imaculada Conceição em Candiota De 06 a 10 de dezembro de 2023 acontecerá a 59ª Festa da Imaculada Conceição em Candiota (RS). Momento especial para toda comunidade candiotense, aonde se comemora a Santa Padroeira do município de Candiota. Este ano a festa terá como tema: “Maria, orientai-nos que vocação é graça e missão” e o lema: “Corações ardentes, pés a caminho” (Lc 24, 32–33). No dia 06 de dezembro, às 19:00 h teremos a missa de abertura das festividades. No dia 07 de dezembro, às 20:00 horas, teremos a procissão motorizada e bênção de veículos. No dia 08 de dezembro, às 20 horas, acontecerá a Caminhada Luminosa, com a temática da paz, aonde convidamos as pessoas para virem com camiseta branca e trazerem velas. No dia 09 de dezembro, haverá a Cavalgada da Solidariedade, o início da II Feira Natalina, almoço ao meio dia e às 19:00 h missa com crismas. Já no dia 10 de dezembro, ocorrerá a missa festiva às 10:00 h, almoço ao meio dia e apresentações gauchescas na parte da tarde. A logomarca deste ano, possui o mapa do município de Candiota ao fundo, ao centro Nossa Senhora da Imaculada Conceição, as usinas termelétricas do lado abaixo, do lado esquerdo a oliveira (a mesma sendo esmagada produz o óleo que são usados nos rituais de sacramentos da Igreja), do lado direito a uva (que se torna o sangue de Cristo nas celebrações litúrgicas) e juntamente com o tau franciscano nas laterais significando a presença dos freis franciscanos em Candiota. Que Nossa Senhora da Imaculada Conceição continue a iluminar e a conduzir todas as famílias de Candiota. Que diante da temática vocacional, possamos refletir, rezar e nos animar para que a igreja possa continuar tendo novas vocações, especialmente para Vida Consagrada Franciscana e novas lideranças para as nossas comunidades. Que diante do amor e do testemunho de Maria possamos ter os “Corações ardentes e os pés a caminho” (Lc 24, 32–33). Que a Mãe de Deus, com seu olhar de bondade e ternura, guie e abençoe a todos! Paz e bem! Frei Tiago Roberto Frey

  • Vocação dos cristãos à santidade

    No dia 01 de novembro ou no domingo seguinte, a Igreja celebra a Solenidade de Todos os Santos e Santas. Motivados também por documento do Papa Francisco, “Gaudete et Exsultate” (2018), desejamos refletir sobre o tema da busca da santidade. No início da realização do Concílio Vaticano II fez-se a pergunta fundamental sobre a identidade da Igreja, surgindo surpreendente resposta, que continua a ecoar até os nossos dias: a Igreja é o Povo de Deus, formado por todos os estados de vida: clero, consagrados/as, leigos e leigas, tendo como base comum o batismo. Assim, nos lembra o documento Lumen Gentium: “Um é o povo eleito de Deus: ‘um só Senhor, uma só fé, um só batismo’ (Ef 4, 5). Comum a dignidade dos membros pela regeneração em Cristo. Comum a graça de filhos. Comum a vocação à perfeição… Todos são chamados à santidade e receberam a mesma fé pela justiça de Deus (2Pdr 1,1)… Reina, contudo, entre todos verdadeira igualdade quanto à dignidade e ação comum a todos os fiéis na edificação do Corpo de Cristo” (LG 32 e 39ss). Com estas palavras conciliares, a Igreja afirma a beleza e a importância de todas as vocações, convidadas a participarem da natureza divina, da santidade de Deus (cf. LG 40). O Papa João Paulo II, no documento Novo Millenio Ineunte, afirma que a santidade é “medida alta da vida cristã ordinária”, e isto vale para todos os batizados/as, para todos os estados de vida (NMI 30-31). Dentro desse espírito eclesial, também o Papa Francisco emitiu o documento citado acima sobre a chamada à santidade de todos/as no mundo atual. Sabemos que somente Deus é totalmente santo. Ele é a santidade. Diante dele o resto é profano (Pro fanum = Diante do Santo); mas Deus, no seu infinito amor, quis a pessoa humana participante de sua santidade, criando-a segundo sua imagem e semelhança. Assim se estabelece o grande sonho de Deus e a vocação fundamental do ser humano: tornar-se filho/a, santo/a (cf. 1Pd 1,16). A santidade, portanto, entendida como um chamado para identificação sempre mais perfeita com Deus, é o desafio maior de todos/as nós. Estar unido a Deus é ser santo; afastar-se dele significa estar no pecado e perder a santidade. Por isso, após o pecado de Adão e Eva, aconteceu a encarnação do próprio Deus, em Jesus Cristo, para a remissão. Nele a santidade tornou-se novamente possível. O mundo foi recriado pela presença do Santo, que veio habitar entre nós (Jo 1, 14). Da parte do ser humano exige-se o ato de fé, de adesão à obra redentora. Em meio à sua situação de santo e de pecador (cf. Or. Eucarística V), o ser humano vive um processo contínuo de santificação; ele vai se identificando com o Cristo e sua Páscoa, Aquele que amou sem medida, dando a vida por todos. Assim, podemos dizer que o santo não é uma exceção, mas um modelo de um processo normal de vida cristã. Uma vida cristã que tem o desfecho coerente diante da obra da salvação de Cristo: “A santidade, pois, não é um luxo, uma exceção, um privilégio de alguns. É uma vocação de todo cristão” (A. Burin). Isto é motivo de júbilo, de vitória, de esperança, de louvor a Deus. Portanto, a vocação à santidade não é apenas para aqueles/as que praticam “virtude em grau heróico” e são elevados aos altares, como modelos e intercessores oficiais, mas para todos os batizados em Cristo. Desta forma, o culto dos santos/as torna-se ação de graças da Igreja a Deus por ter tornado visível e concreta a maravilha da santidade em inúmeros de seus membros, graças à sua união sempre mais plena ao Cristo da Páscoa. O mártir ou confessor torna-se sinal privilegiado daquele amor que levou Jesus Cristo a dar a própria vida pelos irmãos na glorificação do Pai. A santidade, portanto, é identificação a Cristo e não exaltação de si mesmo, evitando que o culto dos santos se transforme num culto de heróis. Dom Aloísio Alberto Dilli, OFM - Bispo da Diocese de Santa Cruz do Sul

  • Fraternidades da OFS realizam encontro em Porto Alegre

    No dia 28 de outubro, aconteceu em Porto Alegre (RS), o encontro com representantes das fraternidades da Ordem Franciscana Secular da região do 9º Distrito que é composto pelas cidades de Camaquã, São Leopoldo, Canoas, Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre. O tema do encontro foi os “800 anos do Presépio de Gréccio” que contou com a presença do Frei Luis Fernando Tavares OFM que é coordenador dos assistentes espirituais OFM para a Ordem Franciscana Secular. Ao longo do dia ocorreram estudos, partilha de vida e uma bonita convivência fraterna entre os representantes das fraternidades. O encontro encerrou com a celebração da eucarística e contou com a presença da comunidade da Paróquia São Francisco de Assis.

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