“VIU, SENTIU COMPAIXÃO E CUIDOU DELE”
1. Reze a oração Inicial para todos os dias
2. Escute o vídeo motivacional do Frei Dorvalino
3 Leia devagar estes pequenos trechos do Texto Base da Campanha da Fraternidade
“A postura inesperada do samaritano contém o centro do ensinamento de Jesus: o
próximo não é apenas alguém com quem possuímos vínculos, mas todo aquele de quem nos aproximamos. É todo aquele que sofre diante de nós. Não é a lei que estabelece prioridades, mas a compaixão que impulsiona a fazer pelo outro aquilo que é possível, rompendo, dessa forma, com a indiferença. A fé leva necessariamente à ação, à fraternidade e à caridade”.
“Ser capazes de sentir compaixão: essa é a chave. Essa é a nossa chave. Se, diante de uma pessoa necessitada, você não sente compaixão, o seu coração não se comove, significa que algo não funciona. Fique atento, estejamos atentos. Não nos deixemos levar pela insensibilidade egoística. A capacidade de compaixão se tornou a medida do cristão, ou melhor, do ensinamento de Jesus.”
“Discursando aos párocos da Diocese de Roma sobre o significado da misericórdia para um presbítero, o Papa Francisco apresenta a proximidade, a afinidade e o serviço como critérios para a ação pastoral. Atitudes que nascem de uma autêntica escuta nos questionam sobre a compaixão que habita em nossos corações e é expressa em nossas atitudes. Interpela-nos o Santo Padre: “Tu choras? Ou perdemos as lágrimas. Recordo que os missais antigos continham uma oração extremamente bonita para pedir o dom das lágrimas. A oração começava assim: ‘Senhor, vós que confiastes a Moisés o mandato de bater na pedra para que dela brotasse água, bate na pedra do meu coração, para que eu verta lágrimas. (...) quantos de nós choram diante do sofrimento de uma criança, perante a destruição de uma família, diante, diante de tantas pessoas que não encontram o seu caminho?”
Hino da Campanha da Fraternidade:
Um tempo para meditar:
- o que de mais admirável e importante tem neste texto para minha vida?
Uma Samaritana comprometida com a Vida
No dia 26 de maio de 1914, nascia em Salvador, Bahia, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, (1914-1992) missionária do amor, conhecida por todos como Irmã Dulce; nome que traz em homenagem à sua mãe, mas que, ao mesmo tempo, carrega a essência de sua alma, a doçura em seu coração que ardente desejava servir a Deus por intermédio do próximo.
Aos 13 anos, graças ao seu destemor e senso de justiça, traços marcantes revelados quando ainda era muito novinha, Irmã Dulce passou a acolher mendigos e doentes em sua casa, transformando a residência da família em um centro de atendimento. A casa ficou conhecida como “A Portaria de São Francisco”, tal o número de carentes que se aglomeravam à sua porta. Também é nessa época que ela manifesta, pela primeira vez, após visitar com uma tia áreas onde habitavam pessoas pobres, o desejo de se dedicar à vida religiosa.
Tendo iniciado sua caminhada junto às Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristovão, em Sergipe, depois da profissão religiosa ela retornou para Salvador, onde se viu imersa em uma realidade de miséria e de pobreza sobre a qual escreveria tempos depois: “As lágrimas enchiam meus olhos... O meu coração estava invadido pela dor em ver tanta miséria ao meu redor”. Foi assim que, caminhando ao lado dos excluídos na região de Alagados, pelas ruas e vielas, pelas favelas e palafitas da cidade de Salvador, a presença de Santa Dulce ao lado dos abandonados à margem do sistema que exclui e flagela o seu povo, é sinal de uma vida inteiramente doada ao próximo, tal qual o bom samaritano descrito no Evangelho.
Indo ao encontro daqueles que necessitam de sua ajuda, em pouco tempo, Santa Dulce conseguiu autorização de sua superiora para trabalhar com aqueles a quem tanto chamava seu coração, tornando-se, assim, verdadeira samaritana em seu meio, presença e imagem de Cristo que cuida e conforta a todos aqueles que se encontram em estado de miséria e sofrimento.
Santa Dulce cuidou das famílias de operários e desempregados. Tal cuidado logo se estendeu a todos aqueles que pediam sua ajuda. Ema pequena casa abandonada, construiu um consultório para cuidar daqueles que passavam por grandes enfermidades e não tinham ninguém para os socorrer, lembrando, assim, o Evangelho de Lucas: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (10,33-34).
Por estar em uma casa considerada invadida, logo foi expulsa de lá com seus doentes e, assim, ficou peregrinando por dez anos em diversos locais de Salvador. Nesse tempo, Deus a inspira a levar seus doentes ao Convento Santo Antônio, lugar de habitação das religiosas de sua congregação e, com autorização de sua superiora, instalou-os no galinheiro, que em pouco tempo se tornaria um dos maiores hospitais públicos do Brasil.
Assim, Santa Dulce dedicava-se cada dia à sua missão e, mesmo em estado de saúde precário, por causa de um problema pulmonar, não conseguia ficar longe dos pobres, aqueles a quem se via incumbida por Deus de cuidar, seus “filhos”, a quem ela configurava a sua vida por amor. E aos poucos foram nascendo as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), nas quais nosso anjo bom da Bahia dedicou sua vida a todos aqueles que eram marginalizados e necessitavam de cuidados, obras que, segundo nossa querida santa brasileira, não eram suas, porém de Deus.
Hoje, mais de vinte anos depois de sua páscoa para a vida eterna, temos um grande modelo de santidade, com carisma missionário e cuidadoso, em nossas vidas. Vida doada é vida santificada! Mulher corajosa, boa samaritana no meio em que viveu. Irmã Dulce é hoje para nós exemplo de fé, amor, cuidado com a vida e compromisso cristão com aqueles que mais necessitam. (3)
(Um tempo para meditar:
o que de mais admirável e importante tem neste texto para minha vida).
4. Momento de Oração
CONCLUSÃO:
- Antes de concluir faça suas preces. Não esqueça os atingidos por esta pandemia e por todos aqueles que de uma ou de outra forma trabalham para eliminá-la.
- Reze o Pai Nosso
- Envie esta bênção de São Francisco a todas as pessoas do mundo inteiro:
Irmãos e Irmãs
O Senhor vos abençoe e vos guarde;
vos mostre a sua face e tenha misericórdia de vós.
Volva para vós o seu rosto e vos dê a paz.
O Senhor vos abençoe, o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Amém.
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