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468 itens encontrados para ""

  • Encontro Virtual dos Animadores Vocacionais da Conferência do Brasil e Cone Sul

    Encontro Virtual dos Animadores Vocacionais da Conferência do Brasil e Cone Sul No dia 30 de outubro os freis animadores vocacionais da OFM pertencentes as províncias do Brasil e Cone Sul realizaram um encontro, na modalidade virtual, para partilha e organização do Serviço de Animação Vocacional OFM. Durante o encontro cada frade partilhou o processo vocacional realizado na sua entidade (Província ou Custódia) e os desafios encontrados junto ao acompanhamento dos vocacionados. Entre os principais pontos destacados pelos irmãos do SAV está o acompanhamento integral (nas dimensões humanas, psíquicas, afetivas...) e a presença nas redes sociais de onde provém a maioria dos candidatos.

  • Papa concede Indulgência Plenária as Igrejas Franciscanas por conta dos 800 anos do Presépio

    A Família Franciscana está vivendo um período singular e especial da sua caminhada que é a grande celebração dos anos jubilares de fatos que marcaram a vida de São Francisco e a espiritualidade da Família Franciscana de modo geral: 2023 – 800 anos da Regra Franciscana e do Presépio, 2024 – 800 anos dos Estigmas, 2025 – 800 anos do Cântico das Criaturas e 2026 – 800 anos do Testamento e da morte de São Francisco. Para marcar o início desta jornada jubilar o Papa Francisco concedeu, após pedido da Família Franciscana, a graça da “Indulgência do Presépio” conforme a comunicação enviada pelo presidente e ministros gerais: Conferência da Família Franciscana Prot. N. 31/2023 Assis, 4 de outubro de 2023 Solenidade do Seráfico Pai São Francisco Irmãos e irmãs da Família Franciscana Indulgência plenária por ocasião do Oitavo Centenário do “Natal de Greccio” vivido por São Francisco de Assis Queridos irmãos e irmãs, O Senhor vos dê a paz! Escrevemos a vocês de Assis, onde estamos reunidos por ocasião das celebrações do nosso Seráfico Pai, para compartilhar com todos um grande dom e privilégio que o Santo Padre quis conceder-nos por ocasião dos 800 anos do Natal vivido em Greccio. Aqui São Francisco desejou recordar o nascimento do Senhor, iniciando com um presépio, para chegar à celebração eucarística, onde Jesus Cristo se faz presente no Pão e no Vinho. Dentro do Centenário, no dia 17 de abril de 2023, nós enviamos ao Santo Padre o seguinte pedido: “com o fim de promover a renovação espiritual dos fiéis e incrementar a vida de graça, pedimos que do dia 8 de dezembro de 2023, Solenidade da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria, até o dia 2 de fevereiro de 2024, Festa da Apresentação do Senhor, que todos aqueles que visitem alguma das igrejas que pertencem à família franciscana de todo o mundo e que por um momento permaneçam em oração diante de um presépio, que possam lucrar a Indulgência plenária seguindo as habituais condições. Assim como também aqueles que estão enfermos ou impossibilitados fisicamente, possam igualmente usufruir do dom da Indulgência plenária, oferecendo os seus sofrimentos ao Senhor ou cumprindo práticas de piedade”. A Penitenciaria Apostólica respondeu de maneira positiva à nossa solicitação, concedendo a faculdade de anunciá-la publicamente. Portanto, em todas as igrejas a nós confiadas para a cura pastoral, será possível lucrar a Indulgência plenária por parte de todos os fiéis, seguindo as habituais circunstâncias, de 8 de dezembro de 2023 a 2 de fevereiro de 2024. Recomendamos a divulgação em todas as nossas igrejas deste “privilégio” que se encaixa perfeitamente na relação especial entre São Francisco e a Igreja, quando solicitou ao Papa a Indulgência para aqueles que visitassem a Porciúncula, e desejamos que seja para a inteira Família Franciscana ocasião de comunhão e de renovação espiritual para cada irmão e irmã. Que o Senhor sustente sempre os nossos passos, e volte para nós a sua misericórdia! Os seus Ministros gerais e Presidente Frances Duncan OSF (Presidente IFC-TOR) Tibor Kauser OFS (Ministro Geral) Massimo Fusarelli OFM (Ministro Geral) Roberto Genuin OFMCap (Ministro Geral) Carlos Alberto Trovarelli OFMConv (Ministro Geral) Amando Trujillo Cano TOR (Ministro Geral) Para que um fiel receba a indulgência precisa seguir as orientações: - Realizar o Sacramento da confissão - Receber a Sagrada Comunhão eucarística (preferencialmente na missa) - Rezar na intenção do Papa - Visitar uma igreja sob o cuidado dos franciscanos e rezar diante de um presépio

  • Freis se reúnem em Imigrante (RS) para os Dias de Estudo e Confraternização

    De 17 a 19 de outubro aconteceu, no Convento Franciscano São Boaventura, em Imigrante (RS), os “Dias de Estudo e Confraternização” da Província São Francisco de Assis. Este encontro anual reúne os frades da Província do RS para formação e organização da sua caminhada. Nele acontece também a celebração em louvor pelos frades jubilares do ano. No encontro deste ano, foram refletidos e lançados o tema e o lema do Capítulo Provincial das Esteiras, que acontecerá nos dias 02, 03 e 04 de agosto de 2024, no Convento Franciscano São Boaventura, em Imigrante (RS). O tema será “Carisma, Fraternidade-Minoridade e Missão” e o lema “Em sinodalidade, renovar nossa visão e abraçar o futuro”. Este Capítulo celebrativo, convocado pela Ordem dos Frades Menores, acontecerá em todas as entidades do mundo, dentro das Celebrações Jubilares OFM 2023-2026 (800 anos da Regra Franciscana e do Presépio (2023), 800 anos dos Estigmas (2024), 800 anos do Cântico das Criaturas (2025) e 800 anos do Testamento e da morte de São Francisco (2026)). Em nossa Província, o processo capitular acontecerá em várias etapas: local, regional e provincial. Em todas elas se contará com a presença de frades e dos leigos e leigas que participam das nossas frentes de missão. No dia 18, à tarde, ocorreram as assembleias das nossas entidades jurídicas: Organização Religiosa Província São Francisco de Assis no Brasil e Instituto Cultural São Francisco de Assis. Após as assembleias iniciaram as partilhas das equipes de serviço, secretariados e comissões. O encerramento se deu com a celebração dos frades jubilares em 2023 (Freis Inácio Dellazari, João Renato Puhl, Miguel Becker, Sebastião Scheibel, Evaldo Teipel, Plácido Robaert, Pedro Tarelli, Romano Zago e Dorvalino Fassini).

  • Mensagem do Papa Francisco para o 7º Dia Mundial dos Pobres

    XXXIII Domingo do Tempo Comum 19 de novembro de 2023 "Nunca afastes de algum pobre o teu olhar" (Tb 4, 7) 1. O Dia Mundial dos Pobres, sinal fecundo da misericórdia do Pai, vem pela sétima vez alentar o caminho das nossas comunidades. Trata-se duma ocorrência que se está a radicar progressivamente na pastoral da Igreja, fazendo-a descobrir cada vez mais o conteúdo central do Evangelho. Empenhamo-nos todos os dias no acolhimento dos pobres, mas não basta; a pobreza permeia as nossas cidades como um rio que engrossa sempre mais até extravasar; e parece submergir-nos, pois o grito dos irmãos e irmãs que pedem ajuda, apoio e solidariedade ergue-se cada vez mais forte. Por isso, no domingo que antecede a festa de Jesus Cristo, Rei do Universo, reunimo-nos ao redor da sua Mesa para voltar a receber d’Ele o dom e o compromisso de viver a pobreza e servir os pobres. «Nunca afastes de algum pobre o teu olhar» (Tb 4, 7). Esta recomendação ajuda-nos a compreender a essência do nosso testemunho. Deter-se no Livro de Tobite, um texto pouco conhecido do Antigo Testamento, eloquente e cheio de sabedoria, permitir-nos-á penetrar melhor no conteúdo que o autor sagrado deseja transmitir. Abre-se diante de nós uma cena de vida familiar: um pai, Tobite, despede-se do filho, Tobias, que está prestes a iniciar uma longa viagem. O velho Tobite teme não voltar a ver o filho e, por isso, deixa-lhe o seu «testamento espiritual». Foi deportado para Nínive e agora está cego; é, por conseguinte, duplamente pobre, mas sempre viveu com a certeza que o próprio nome exprime: «O Senhor foi o meu bem». Este homem que sempre confiou no Senhor, deseja, como um bom pai, deixar ao filho não tanto bens materiais, mas sobretudo o testemunho do caminho que há de seguir na vida. Por isso diz-lhe: «Lembra-te sempre, filho, do Senhor, nosso Deus, em todos os teus dias, evita o pecado e observa os seus mandamentos. Pratica a justiça em todos os dias da tua vida e não andes pelos caminhos da injustiça» (Tb 4, 5). 2. Como salta à vista, a recordação, que o velho Tobite pede ao filho para guardar, não se reduz simplesmente a um ato da memória nem a uma oração dirigida a Deus. Faz referência a gestos concretos, que consistem em praticar boas obras e viver com justiça. E a exortação torna-se ainda mais específica: «Dá esmolas, conforme as tuas posses. Nunca afastes de algum pobre o teu olhar, e nunca se afastará de ti o olhar de Deus» (Tb 4, 7). Muito surpreendem as palavras deste velho sábio. Não esqueçamos, de facto, que Tobite perdeu a vista precisamente depois de ter praticado um ato de misericórdia. Como ele próprio conta, desde a juventude que se dedicou a obras de caridade, «dando muitas esmolas aos meus irmãos, os da minha nação que comigo tinham sido levados cativos para a terra dos assírios, em Nínive (…), fornecendo pão aos esfomeados e vestindo os nus e, se encontrava morto alguém da minha linhagem, atirado para junto dos muros de Nínive, dava-lhe sepultura» (Tb 1, 3.17). Por causa deste seu testemunho de caridade, viu-se privado de todos os seus bens pelo rei, ficando na pobreza completa. Mas, o Senhor precisava ainda dele! Foi-lhe devolvido o seu lugar de administrador e ele não teve medo de continuar o seu estilo de vida. Ouçamos a sua história, que hoje nos fala também a nós: «Pela festa do Pentecostes, que é a nossa festa das Semanas, mandei preparar um bom almoço e reclinei-me para comer. Mas, ao ver a mesa coberta com tantas comidas finas, disse a Tobias: “Filho, vai procurar, entre os nossos irmãos cativos em Nínive, um pobre que seja de coração fiel, e trá-lo para que participe da nossa refeição. Eu espero por ti, meu filho”» (Tb 2, 1-2). Como seria significativo se, no Dia dos Pobres, esta preocupação de Tobite fosse também a nossa! Ou seja, convidar para partilhar o almoço dominical, depois de ter partilhado a Mesa Eucarística. A Eucaristia celebrada tornar-se-ia realmente critério de comunhão. Aliás, se ao redor do altar do Senhor temos consciência de sermos todos irmãos e irmãs, quanto mais visível se tornaria esta fraternidade, compartilhando a refeição festiva com quem carece do necessário! Tobias fez como o pai lhe dissera, mas voltou com a notícia de que um pobre fora morto e deixado no meio da praça. Sem hesitar, o velho Tobite levantou-se da mesa e foi enterrar aquele homem. Voltando cansado para casa, adormeceu no pátio; caíram-lhe nos olhos excrementos de pássaros, e ficou cego (cf. Tb 2, 1-10). Ironia do destino! Pratica um gesto de caridade e sucede-lhe uma desgraça... Apetece-nos pensar assim, mas a fé ensina-nos a ir mais a fundo. A cegueira de Tobite tornar-se-á a sua força para reconhecer ainda melhor tantas formas de pobreza ao seu redor. E, mais tarde, o Senhor providenciará a devolver ao velho pai a vista e a alegria de rever o filho Tobias. Quando chegou este momento, «Tobite lançou-se-lhe ao pescoço e, chorando, disse: “Vejo-te, filho, tu que és a luz dos meus olhos!” E continuou: “Bendito seja Deus e bendito o seu grande nome! Benditos os seus santos anjos! Que seu nome esteja sobre nós e benditos sejam todos os seus anjos, pelos séculos sem fim! Ele puniu-me, mas eis que volto a ver Tobias, o meu filho”» (Tb 11, 13-14). 3. Podemos questionar-nos: Donde tira Tobite a coragem e a força interior que lhe permitem servir a Deus no meio dum povo pagão e amar o próximo até ao ponto de pôr em risco a própria vida? Estamos diante dum exemplo extraordinário: Tobite é um marido fiel e um pai carinhoso; foi deportado para longe da sua terra e sofre injustamente; é perseguido pelo rei e pelos vizinhos de casa... Apesar de ânimo tão bom, é posto à prova. Como muitas vezes nos ensina a Sagrada Escritura, Deus não poupa as provações a quem pratica o bem. E porquê? Não o faz para nos humilhar, mas para tornar firme a nossa fé n’Ele. Tobite, no período da provação, descobre a própria pobreza, que o torna capaz de reconhecer os pobres. É fiel à Lei de Deus e observa os mandamentos, mas para ele isto não basta. A solicitude operosa para com os pobres torna-se-lhe possível, porque experimentou a pobreza na própria pele. Por isso, as palavras que dirige ao filho Tobias constituem a sua verdadeira herança: «Nunca afastes de algum pobre o teu olhar» (Tb 4, 7). Enfim, quando nos deparamos com um pobre, não podemos virar o olhar para o lado oposto, porque impediríamos a nós próprios de encontrar o rosto do Senhor Jesus. E notemos bem aquela expressão «de algum pobre», de todo o pobre. Cada um deles é nosso próximo. Não importa a cor da pele, a condição social, a proveniência... Se sou pobre, posso reconhecer de verdade quem é o irmão que precisa de mim. Somos chamados a ir ao encontro de todo o pobre e de todo o tipo de pobreza, sacudindo de nós mesmos a indiferença e a naturalidade com que defendemos um bem-estar ilusório. 4. Vivemos um momento histórico que não favorece a atenção aos mais pobres. O volume sonoro do apelo ao bem-estar é cada vez mais alto, enquanto se põe o silenciador relativamente às vozes de quem vive na pobreza. Tende-se a ignorar tudo o que não se enquadre nos modelos de vida pensados sobretudo para as gerações mais jovens, que são as mais frágeis perante a mudança cultural em curso. Coloca-se entre parênteses aquilo que é desagradável e causa sofrimento, enquanto se exaltam as qualidades físicas como se fossem a meta principal a alcançar. A realidade virtual sobrepõe-se à vida real, e acontece cada vez mais facilmente confundirem-se os dois mundos. Os pobres tornam-se imagens que até podem comover por alguns momentos, mas quando os encontramos em carne e osso pela estrada, sobrevêm o fastídio e a marginalização. A pressa, companheira diária da vida, impede de parar, socorrer e cuidar do outro. A parábola do bom samaritano (cf. Lc 10, 25-37) não é história do passado; desafia o presente de cada um de nós. Delegar a outros é fácil; oferecer dinheiro para que outros pratiquem a caridade é um gesto generoso; envolver-se pessoalmente é a vocação de todo o cristão. 5. Damos graças ao Senhor porque há tantos homens e mulheres que vivem a dedicação aos pobres e excluídos e a partilha com eles; pessoas de todas as idades e condições sociais que praticam a hospitalidade e se empenham junto daqueles que se encontram em situações de marginalização e sofrimento. Não são super-homens, mas «vizinhos de casa» que encontramos cada dia e que, no silêncio, se fazem pobres com os pobres. Não se limitam a dar qualquer coisa: escutam, dialogam, procuram compreender a situação e as suas causas, para dar conselhos adequados e indicações justas. Estão atentos tanto à necessidade material como à espiritual, ou seja, à promoção integral da pessoa. O Reino de Deus torna-se presente e visível neste serviço generoso e gratuito; é realmente como a semente que caiu na boa terra da vida destas pessoas, e dá fruto (cf. Lc 8, 4-15). A gratidão a tantos voluntários deve fazer-se oração para que o seu testemunho possa ser fecundo. 6. No 60º aniversário da Encíclica Pacem in terris, é urgente retomar as palavras do Santo Papa João XXIII quando escrevia: «O ser humano tem direito à existência, à integridade física, aos recursos correspondentes a um digno padrão de vida: tais são especialmente a nutrição, o vestuário, a moradia, o repouso, a assistência sanitária, os serviços sociais indispensáveis. Segue-se daí, que a pessoa tem também o direito de ser amparada em caso de doença, de invalidez, de viuvez, de velhice, de desemprego forçado, e em qualquer outro caso de privação dos meios de sustento por circunstâncias independentes da sua vontade» (n. 11). Quanto trabalho temos ainda pela frente para tornar realidade estas palavras, inclusive através dum sério e eficaz empenho político e legislativo! Não obstante os limites e por vezes as lacunas da política para ver e servir o bem comum, possa desenvolver-se a solidariedade e a subsidiariedade de muitos cidadãos que acreditam no valor do empenho voluntário de dedicação aos pobres. Isto, naturalmente sem deixar de estimular e fazer pressão para que as instituições públicas cumpram do melhor modo possível o seu dever. Mas não adianta ficar passivamente à espera de receber tudo «do alto». E, quem vive em condição de pobreza, seja também envolvido e apoiado num processo de mudança e responsabilização. 7. Mais uma vez, infelizmente, temos de constatar novas formas de pobreza que se vêm juntar às outras descritas já anteriormente. Penso de modo particular nas populações que vivem em cenários de guerra, especialmente nas crianças privadas dum presente sereno e dum futuro digno. Ninguém poderá jamais habituar-se a esta situação; mantenhamos viva toda a tentativa para que a paz se afirme como dom do Senhor Ressuscitado e fruto do empenho pela justiça e o diálogo. Não posso esquecer as especulações, em vários setores, que levam a um aumento dramático dos preços, deixando muitas famílias numa indigência ainda maior. Os salários esgotam-se rapidamente, forçando a privações que atentam contra a dignidade de cada pessoa. Se, numa família, se tem de escolher entre o alimento para se nutrir e os remédios para se curar, então deve fazer-se ouvir a voz de quem clama pelo direito a ambos os bens, em nome da dignidade da pessoa humana. Além disso, como não assinalar a desordem ética que marca o mundo do trabalho? O tratamento desumano reservado a muitos trabalhadores e trabalhadoras; a remuneração não equivalente ao trabalho realizado; o flagelo da precariedade; as demasiadas vítimas de incidentes, devidos muitas vezes à mentalidade que privilegia o lucro imediato em detrimento da segurança... Voltam à mente as palavras de São João Paulo II: «O primeiro fundamento do valor do trabalho é o próprio homem. (...) O homem está destinado e é chamado ao trabalho, contudo antes de mais nada o trabalho é “para o homem”, e não o homem “para o trabalho”» (Enc. Laborem exercens, 6). 8. Este elenco, já em si mesmo dramático, dá conta apenas de modo parcial das situações de pobreza que fazem parte da nossa vida diária. Não posso deixar de fora, em particular, uma forma de mal-estar que aparece cada dia mais evidente e que atinge o mundo juvenil. Quantas vidas frustradas e até suicídios de jovens, iludidos por uma cultura que os leva a sentirem-se «inacabados» e «falidos». Ajudemo-los a reagir a estas instigações nocivas, para que cada um possa encontrar a estrada que deve seguir para adquirir uma identidade forte e generosa. É fácil cair na retórica, quando se fala dos pobres. Tentação insidiosa é também parar nas estatísticas e nos números. Os pobres são pessoas, têm rosto, uma história, coração e alma. São irmãos e irmãs com os seus valores e defeitos, como todos, e é importante estabelecer uma relação pessoal com cada um deles. O Livro de Tobias ensina-nos a ser concretos no nosso agir com e pelos pobres. É uma questão de justiça que nos obriga a todos a procurar-nos e encontrar-nos reciprocamente, favorecendo a harmonia necessária para que uma comunidade se possa identificar como tal. Portanto, interessar-se pelos pobres não se esgota em esmolas apressadas; pede para restabelecer as justas relações interpessoais que foram afetadas pela pobreza. Assim «não afastar o olhar do pobre» leva a obter os benefícios da misericórdia, da caridade que dá sentido e valor a toda a vida cristã. 9. Que a nossa solicitude pelos pobres seja sempre marcada pelo realismo evangélico. A partilha deve corresponder às necessidades concretas do outro, e não ao meu supérfluo de que me quero libertar. Também aqui é preciso discernimento, sob a guia do Espírito Santo, para distinguir as verdadeiras exigências dos irmãos do que constitui as nossas aspirações. Aquilo de que seguramente têm urgente necessidade é da nossa humanidade, do nosso coração aberto ao amor. Não esqueçamos: «Somos chamados a descobrir Cristo neles: não só a emprestar-lhes a nossa voz nas suas causas, mas também a ser seus amigos, a escutá-los, a compreendê-los e a acolher a misteriosa sabedoria que Deus nos quer comunicar através deles» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 198). A fé ensina-nos que todo o pobre é filho de Deus e que, nele ou nela, está presente Cristo: «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40). 10. Este ano completam-se 150 anos do nascimento de Santa Teresa do Menino Jesus. Numa página da sua História de uma alma, deixou escrito: «Compreendo agora que a caridade perfeita consiste em suportar os defeitos dos outros, em não se escandalizar com as suas fraquezas, em edificar-se com os mais pequenos atos de virtude que se lhes vir praticar; mas compreendi, sobretudo, que a caridade não deve ficar encerrada no fundo do coração: “Ninguém, disse Jesus, acende uma candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas coloca-a sobre o candelabro para alumiar todos os que estão em casa”. Creio que essa luz representa a caridade, que deve iluminar e alegrar, não só os que são mais queridos, mas todos aqueles que estão na casa, sem excetuar ninguém» (Manuscrito C, 12rº: História de uma alma, Avessadas 2005, 255-256). Nesta casa que é o mundo, todos têm direito de ser iluminados pela caridade, ninguém pode ser privado dela. Possa a tenacidade do amor de Santa Teresinha inspirar os nossos corações neste Dia Mundial, ajudar-nos a «nunca afastar de algum pobre o olhar» e a mantê-lo sempre fixo no rosto humano e divino do Senhor Jesus Cristo. Roma – São João de Latrão, na Memória de Santo António, Patrono dos pobres, 13 de junho de 2023. FRANCISCO

  • Ordem Franciscana Secular de Horizontina celebra a admissão de 06 integrantes ao tempo de Noviciado

    No dia 04 de outubro a Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Horizontina (RS) celebrou como de costume os festejos de São Francisco de Assis. Na parte da tarde os freis realizaram a tradicional benção das criaturas na praça da matriz e a noite ocorreu a solene celebração festiva em honra a São Francisco de Assis. A paróquia de Horizontina é a única paróquia OFM do RS que tem a presença de uma fraternidade franciscana de frades, outra fraternidade franciscana de leigos da Ordem Franciscana Secular e ainda uma terceira fraternidade franciscana da JUFRA (Juventude Franciscana). Na noite da última quarta-feira, dentro da missa em honra a São Francisco, foram admitidas no tempo de formação, período do Noviciado, 06 membras da Fraternidade São Francisco de Assis de Horizontina: Anair do Amaral Viana, Antônia Dorilda de Lima, Brunilda Bueno, Carla Leci Nisciur, Juraci Pasch de Moraes Ferrari e Zilda Teresinha Galiotto. Os membros da OFS (Ordem Franciscana Secular) procuram observar o Evangelho seguindo os passos de Jesus Cristo a exemplo de São Francisco e Santa Clara de Assis. Podem participar da OFS todos os cristãos seculares: jovens, casados, viúvos e celibatários. A Ordem é aberta para leigos e clérigos (diáconos, padres e bispos diocesanos). Basta que sejam católicos que anseiem viver o testemunho evangélico no mundo. Rezemos pela perseveranças destas nossas irmãs que assumiram este compromisso em uma nova etapa da sua caminhada vocacional missionária. Também peçamos a intercessão de São Francisco e Santa Clara sobre toda a família franciscana. Interessados em conhecer a Fraternidade da OFS ou a Fraternidade da JUFRA em Horizontina podem entrar em contato com a secretaria da Paróquia Nossa Senhora do Rosário pelo fone/whats: (55) 3537 1964.

  • Somente a consciência do amor incondicional nos torna capazes de amar

    “Se alguém guardar minha palavra, jamais provará a morte” (Jo 8,51). Jesus, com sua vida, honra o Pai. Busca a glória do Pai e não a sua, por isso Ele “honra o Pai”, guarda a palavra do Pai” e “está em comunhão com o Pai”. A verdade que nos faz livres é a verdade de nossa condição de filhos e filhas vivida no amor. A relação filial com Deus, único Absoluto, nos desliga do domínio do prazer e do dever, tornando-nos capazes de agir de acordo com o Amor que conhecemos e que nos conhece pessoalmente. O princípio da liberdade é o amor, que nos torna aquilo que somos: semelhantes a Deus. A liberdade cristã consiste em amar como e porque somos amados, colocando-nos a serviço dos irmãos e irmãs (Gl 5,13). A verdade que nos liberta para o amor: o conhecimento do amor do Pai Somos filhos e filhas amados, muito amados – tanto que Deus enviou o Seu Filho e este deu Sua vida por nós! Isto é amor. Nós somos chamados a entrar neste amor. Entrar nele é viver e ir melhorando nossa vida. O que não podemos fazer é condenar um dos filhos de Deus, por quem Cristo deu sua vida na cruz, quando este erra e peca. Há o perdão. Nada de excluir alguém por ter errado. É a hora de amar. Por isso, Jesus disse: “Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra” (Jo 8,7). O ser humano precisa ser aceito para poder viver. Vivemos ou morremos à medida que somos aceitos ou não pelo outro. Até não conhecer um amor incondicionado, vamos à cata nem que seja de migalhas. A moldura do amor, a imagem perfeita dele nós encontramos no Filho. Aqui ele é total, livre e gratuito. Nós não amamos na intensidade de Deus. Amamos na nossa intensidade, que pode ser total. Nosso total é menor que o total de Deus. Mas Deus nos pede o nosso total. Podemos nos entregar e amar com nosso modo, capacidade e quantidade. Aqui não podemos economizar. Só quem sabe ser amado incondicionalmente é capaz de amar Só quem tem consciência de ser amado sem condições é capaz de amar a si próprio e aos outros. O amor dá consciência de valor, autoestima, e essa nos torna capazes de reconhecer o valor dos outros e do Outro. O princípio da nossa liberdade é a verdade de Jesus, o Filho amado, que, amando-nos, nos revela nossa identidade de filhos e filhas amados pelo Pai. Esta é a verdade que nos liberta para o amor: o conhecimento do amor do Pai, prático, vivido, que não é uma ideia, mas uma pessoa, Jesus! Olhemos sempre de novo para Jesus! “Felipe, quem me vê vê o Pai” (Jo 14,9). Dom João Inácio Müller, OFM - Arcebispo de Campinas

  • Em Rio Grande freis realizam a benção dos animais em escola no dia de São Francisco

    Os frades da Rede de Comunidades São Lucas em Rio Grande (RS) realizaram algumas ações dentro das festividades de São Francisco de Assis. Na parte da tarde, no dia 04, visitaram a escola São Francisco dos irmãos Maristas deixando uma mensagem para os alunos e no final da tarde realizando a benção das criaturas. Os alunos e seus familiares trouxeram seus animaizinhos de estimação para receber a benção. A noite teve a missa solene na comunidade São Francisco de Assis da Rede de Comunidades São Lucas com a presença de lideranças que compõe a Rede de Comunidades e simpatizantes do carisma franciscano.

  • Campanha realiza doação de sementes e mudas para 500 famílias no Vale do Taquari

    Uma ação conjunta dos movimentos sociais e organizações da Igreja está entregando sementes, mudas, ramas e flores para 500 famílias de pequenos agricultores atingidas pelas enchentes no Vale do Taquari. A ação intitulada “Missão Sementes de Solidariedade” reuniu-se no Convento Franciscano São Boaventura em Imigrante congregando lideranças do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), do Instituto Cultural Padre Josimo (ICPJ), da Cáritas Brasileira, da Cáritas do RS, do Movimento dos Atingidos e Atingidas por Barragens (MAB), do Instituito Koinós, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Serviço Franciscano de Justiça, Paz e Integridade da Criação (JPIC – Franciscanos). Ainda no mês de setembro, durante duas semanas, foram feitas visitas e levantamentos junto aos pequenos agricultores de 11 municípios da região atingida. Ao todo foram visitadas nesta etapa mais de 700 famílias. As entregas das sementes e mudas para as famílias iniciaram no dia 04 de outubro por conta do dia de São Francisco padroeiro da ecologia e exemplo de relação saudável com toda a criação.

  • Carta do Ministro Geral e do Definitório Geral para a Solenidade de São Francisco 2023

    Queridos irmãos e irmãs, O Senhor vos dê a paz! Estamos próximos de celebrar a festa do nosso pai e irmão Francisco, que nesta ocasião coincide com o início da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que terá como tema “Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão” (Primeira sessão). O tema, o método e o processo propostos pelo Papa Francisco para o Sínodo referem-se a temas como: fidelidade ao Espírito, caminhar juntos, escuta, diálogo, discernimento. O discernimento, através da escuta e do diálogo, não é estranho à nossa tradição espiritual e às nossas origens, como testemunha São Boaventura, que descreve Francisco como aquele que «aprendeu grandes coisas do Mestre supremo», mas que nem por isso, «se envergonhava de perguntar as pequenas coisas aos menores. Costumava - acrescenta o Seráfico Doutor - com especial empenho perguntar por qual via e por qual modo poderia servir a Deus mais perfeitamente segundo o beneplácito dele. Esta foi a sua suprema filosofia, este foi seu maior desejo, enquanto viveu: perguntar aos sábios e aos simples, aos perfeitos e aos imperfeitos, aos pequeninos e aos grandes como podia chegar mais virtuosamente ao ápice da perfeição»1 . Nesta ocasião, gostaríamos de aprofundar o tema da escuta, tão importante em nossa vida e missão. O nosso carisma, de fato, nasceu do Evangelho ouvido por Francisco na Porciúncula, a escuta do Evangelho que logo se tornou também a escuta da Igreja, representada no sacerdote que explicou ao jovem Francisco o sentido daquelas palavras. Ao longo de quase quinze anos, a forma vitae original, partindo deste feliz encontro com o Evangelho, foi sendo adaptada através da escuta dos irmãos e dos sinais dos tempos, desenvolvida sobretudo nos Capítulos. Assim, por meio de um discernimento fraterno operado por Francisco e seus irmãos, o carisma franciscano adquiriu gradualmente sua configuração textual que recebeu aprovação definitiva oitocentos anos atrás na Regra Bulada. Uma dimensão muito atual da escuta, que gostaríamos de aprofundar de modo particular, é a abertura recíproca no interior de nossas fraternidades, a acolhida do dom do irmão, sua palavra, suas necessidades, suas riquezas e suas fragilidades, que tornam as nossas relações fraternas um caminho de comunhão na fidelidade ao Evangelho. É verdade que durante as nossas visitas às várias Entidades e nos vários encontros que tivemos como Ministro e Definitório, bem como através dos relatórios enviados pelos Ministros provinciais e pelos Visitadores gerais, pudemos constatar que o Senhor continua a fazer tanto bem por meio do testemunho e do trabalho de nossos irmãos com alegria e autenticidade. Do mesmo modo, percebemos que existem alguns fatores que dificultam uma escuta recíproca baseada na confiança em nossas comunidades fraternas. Um dos fatores pode ser o fato que as muitas mudanças e desafios dos últimos anos (digitalização, pandemia de Covid, aquecimento global, etc) levaram a uma adaptação contínua e tão rápida que muitos de nós neste momento simplesmente nos sentimos cansados e exaustos, com pouca energia para investir na vida fraterna. Em outras situações, vivemos em um contexto tão polarizado que abrir um diálogo mais profundo entre nós parece uma ameaça à vida comunitária. Em alguns contextos é a relação tensa entre as gerações que representa um verdadeiro desafio para a escuta recíproca na fraternidade. Um fator muito presente é o fato que agora a maioria de nós vive simultaneamente no mundo real e virtual com o risco de ter que processar muitas informações ao mesmo tempo. Não é de se admirar que resta pouco espaço no mundo real para a escuta do irmão e da irmã que cada um tem ao seu lado. Estamos muito concentrados em nós mesmos e em como superar os desafios atuais. Há alguns anos, o documento A vida como diálogo nos passos de São Francisco se propôs uma reflexão sobre a escuta de qualidade como principal via de diálogo. Antes de tudo, foi sublinhado que a nossa existência parte de um apelo à escuta: «A nossa existência nasce de um chamado. A palavra do outro sempre nos precede; precede-nos sobretudo a Palavra que sempre pronunciou o nosso nome: o nome de cada um na sua pobreza e na sua dignidade insubstituível. Somos frades porque fomos chamados e ‘doados’, mas também porque aceitamos ser palavra e ‘dom’ para os outros 2 .A fraternidade é um diálogo que não começa conosco e que não devemos interromper; expressa-se em: falar, ouvir, confiar, aceitar a diferença, respeitar o outro, discernir o Espírito e os espíritos, esclarecer e reconciliar conflitos. O grande diálogo que guia a vida de Deus transforma a criação em uma grande fraternidade» 3 Esta escuta em profundidade, capaz de superar as diferenças e as polarizações do nosso tempo, está na base da nossa vocação, como também nos recordam as Constituições Gerais da nossa Ordem: «Procurem ouvir os outros com sincera caridade e respeito, e dos homens, entre os quais vivem, de modo muito especial dos pobres, que são nossos mestres, aprendam de boa vontade e estejam dispostos a dialogar com todos»4 . Para não perder o contato conosco e com os outros em um tempo que tende a nos fechar em nós mesmos, a escuta recíproca é, portanto, condição indispensável para tornar possível um autêntico processo de conversão e renovação na fraternidade. É preciso pedir a graça de converter o coração e gerar dinâmicas relacionais pelas quais a voz de toda a fraternidade possa ressoar em sua originalidade e beleza particular. Será a experiência dessa beleza que gerará reflexões construtivas e decisões compartilhadas. Sabendo que não existem receitas fáceis para aprender ou reaprender a escuta recíproca, gostaríamos de lhe propor algumas reflexões finais que podem orientá-los em algumas decisões práticas: - A escuta com sincera caridade e respeito pressupõe, antes de tudo, a disponibilidade para estar atento em como escutamos o outro: «Só prestando atenção a quem escutamos, o que escutamos e como escutamos podemos crescer na arte de comunicar, cujo centro não é uma teoria ou uma técnica, mas sim “a capacidade do coração que torna possível a proximidade”» 5 - A capacidade de aprender a escuta recíproca está estreitamente ligada à vontade de prever momentos regulares de partilha no calendário da fraternidade, nos quais possa emergir uma escuta recíproca de qualidade que nos permita participar verdadeiramente da vida do outro. Por isso, convém refletir e partilhar regularmente em fraternidade a forma como administramos o nosso tempo e, concretamente, o nosso calendário. Isso se aplica ao planejamento de Capítulos locais e encontros da fraternidade, que devem ter precedência sobre outros compromissos. - Muitas vezes a nossa comunicação em fraternidade não consegue esclarecer a tempo quaisquer mal-entendidos, incompreensões e conflitos entre os frades. Não esqueçamos nem evitemos as dificuldades que nascem da dimensão multicultural e das diferenças étnicas e “regionais” de muitas de nossas fraternidades, que dizem respeito precisamente à comunicação e à escuta. Daqui vem a nossa pergunta: durante os nossos Capítulos locais e outros encontros de partilha, estamos disponíveis para lidar com os temas “reais” da nossa vida em comunidade ou nos limitamos a uma troca de informações importantes, mas não suficientes para aprofundar as relações entre nós? - Paulo VI definiu o diálogo como «uma arte de comunicação espiritual»6. Por isso seria bom acompanhar a escuta recíproca e o diálogo em fraternidade numa perspectiva de fé e espiritualidade partilhada. Na nossa escuta recíproca, há espaço suficiente para a ajuda que a fé e o nosso carisma franciscano podem oferecer? Podemos fazer isso permanecendo em escuta também das nossas diferenças culturais, linguísticas e étnicas? - O caminho sinodal que a Igreja está fazendo nos convida a ampliar a escuta e o diálogo para ir além dos limites da própria fraternidade ou da família franciscana, e nos abrir à escuta do mundo com suas culturas e realidades, hoje sempre mais complexas. Em suma, aprender a escutar os “de fora” (os leigos que nos cercam, os colaboradores na missão, os jovens, os não crentes e os chamados “indiferentes”, os imigrantes, os trabalhadores e os idosos, as vozes e as perguntas que a criação nos fazem …). Quais são os momentos previstos na fraternidade para nos abrirmos a esta escuta em 360°? Que passos concretos podemos começar a dar para melhor conhecer, interpretar e vivenciar a realidade que nos rodeia, sem nos isolarmos dela? Gostaríamos de concluir com uma imagem tirada do Espelho da Perfeição que mostra a importância de nos vermos com os olhos de Deus como comunidade baseada na diversidade e na escuta recíproca onde o frade menor não pode ser frade sozinho. São Francisco diz que «um bom frade menor seria aquele que reunisse em si a vida e as atitudes» de muitos outros frades 7: somente pela fé e pelo amor à pobreza, pela simplicidade e a sua bondade, o seu bom senso e a sua oração, a sua paciência e a sua caridade... pode-se tornar um verdadeiro frade menor, seguindo Cristo nas pegadas de São Francisco; definitivamente nunca sozinho. Com os nossos melhores votos de uma feliz festa de São Francisco neste Centenário da Regra e do Natal de Greccio, saudamos-vos com calorosa fraternidade, permanecendo em profunda comunhão num dia tão bonito para toda a nossa Família. Fraternalmente, Roma, Cúria Geral, 17 de setembro de 2023. Festa da Impressão das Chagas de Nosso Pai São Francisco Frei Massimo Fusarelli, OFM – Ministro Geral Frei Ignácio Ceja Jiménez, OFM – Vigário Geral Frei Albert Schmucki, OFM – Definidor Geral Frei César Külkamp, OFM – Definidor Geral Frei Cesare Vaiani, OFM – Definidor Geral Frei Jimmy Zammit, OFM – Definidor Geral Frei Joaquim Echeverry, OFM – Definidor Geral Frei John Wong, OFM – Definidor Geral Frei Konrad Grzegorz Cholewa, OFM – Definidor Geral Frei Victor Luis Quematcha, OFM – Definidor Geral 1 Legenda Maior 12,2 2 cf. Testamento 14 3 Serviço OFM para o Diálogo 1, Vida como Diálogo nos passos de São Francisco, Secretariado de Evangeli[1]zação e Secretariado para a Formação e Estudos, Roma 2002 , p. 154 4 CCGG 93 §1 5 Papa Francisco, LVI Dia Mundial das Comunicações Sociais, 24 de janeiro de 2022 6 Paolo VI, Ecclesiam Suam, n. 38 7 cf. Espelho da Perfeição, nr. 85

  • Encontro dos ex-alunos e seminaristas franciscanos

    No dia 24 de setembro aconteceu no Convento Franciscano São Boaventura em Imigrante (RS) o encontro anual dos ex-seminaristas e alunos franciscanos. Este encontro acontece sempre no último domingo de setembro e se destina a todos aqueles que passaram pelas casas de formação dos freis franciscanos do RS: Seminário Franciscano São Pascoal em Três Passos, Seminário Seráfico São Francisco em Taquari, Convento São Boaventura em Imigrante e Seminário Nossa Senhora Medianeira em Agudo. Na parte da manhã o ministro provincial, Frei Marino Rhoden, presidiu a missa. A celebração foi animada pelo Frei Leonardo Kuhn. Ao meio dia ocorreu o almoço de confraternização e ao longo do encontro aconteceram muitas partilhas e recordações das histórias de seminário entre os participantes.

  • Jovens da região noroeste participam de encontro em São José do Inhacorá

    No último sábado, dia 23 de setembro, aconteceu em São José do Inhacorá (RS) o Encontrão de Jovens das presenças franciscanas na região noroeste do RS. Estiveram presentes cerca de 200 jovens e adolescentes oriundos da Paróquia São José de São José do Inhacorá, da Paróquia São Sebastião de Alegria e Inhacorá, da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Horizontina, da Rede de Comunidades Santo Isidoro de Hulha Negra e da Paróquia Nossa Senhora das Vitórias de Chiapetta. Também marcaram presença o Seminário Franciscano São Pascoal de Três Passos e a JUFRA de Horizontina. Frei Carlos Schaefer, pároco de São José e guardião dos frades na região noroeste, acolheu os jovens e realizou a abertura do encontro que em seguida contou com um momento de espiritualidade conduzido pelo casal Aline e Eder Eberle e a ajuda dos seminaristas de Três Passos. Na parte da manhã os jovens refletiram o tema do encontro “Com Francisco e Clara, pés a caminho”. A reflexão foi conduzida pelo Frei Pedro Bruxel e logo após os jovens se reuniram em grupo para conversar sobre as angustias e os caminhos das juventudes nos dias de hoje. A tarde os trabalhos continuaram com o Frei Leandro Defendi apontando algumas luzes e sombras trazidas nos relatos dos grupos e a Irmã Adriane Bertoncelli apresentando algumas ideias que o Papa Francisco coloca para as juventudes no documento “Christus Vivit”. A JUFRA apresentou um teatro sobre São Francisco e o Lobo de Gúbio na última parte do encontro. Após uma pequena reflexão conduzida pelo Frei Franklin Freitas os jovens se reuniram por localidades e assumiram um compromisso para a continuidade da sua caminhada em cada paróquia ou presença. O envio foi conduzido pelo Frei Leonel da Silva onde cada jovem foi convidado a renovar o seu seguimento no discipulado de Jesus Cristo.

  • Paróquia São José de Hulha Negra comemora 64 anos!

    A Paróquia São José de Hulha Negra (RS) comemora 64 anos de fundação neste ano. A paróquia fundada em 1959, na localidade da Trigolândia (hoje a localidade pertence ao município de Hulha Negra), teve como primeiro pároco o padre José Mack, natural do município de Hulha Negra. O tempo passou e a sede da Paróquia foi transferida para a localidade de Hulha Negra, hoje sendo a sede do município. Além disso, consolidou-se como padroeiro da paróquia a grande devoção a São José. Os freis franciscanos atendem pastoralmente a paróquia desde o ano de 1990, ou seja, neste ano completam 33 anos de presença franciscana na paróquia. Para comemorar os 64 anos de fundação deu-se início a peregrinação de São José pelas diversas comunidades da paróquia, acompanhado do ícone do Ano Vocacional 2023. O tema dos 64 anos de fundação da paróquia é: “São José, abençoe nosso município” e o lema: “Corações ardentes, pés a caminho” (Lc 24, 32-33). Para celebrar este momento foi criada uma logomarca com os seguintes elementos: “64 anos” remete a data da criação da paróquia em 1959. Os “traços em diagonal” referem-se a Igreja, aonde as pessoas se reúnem como assembleia para participar das missas. Junto com “a cruz no centro” faz-se memória da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. O tema: "São José abençoa nosso município" recorda a peregrinação de São José nas comunidades que formam a paróquia. Juntamente com o lema: "Corações ardentes, pés a caminho" lembrando o ano Vocacional que estamos vivendo em 2023. No centro o “símbolo da paróquia”, remetendo ao padroeiro São José, juntamente com o “tau franciscano” recordando a presença dos freis franciscanos em Hulha Negra. Ao celebrarmos os 64 anos de fundação da Paróquia São José, recordemos todos aqueles que se doaram ao longo da história em nossas comunidades, e continuemos evangelizando e levando bênçãos para todas as famílias da nossa paróquia. Paz e bem! Frei Tiago Roberto Frey, OFM.

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