De 06 a 10 de novembro está acontecendo o 1º Congresso dos Irmãos Leigos OFM da Conferência Franciscana do Brasil e Cone Sul. Com o tema “Renovar e repensar a nossa vocação de irmãos leigos, inseridos na realidade da nossa Conferência e abraçar o nosso futuro sonhando construir laços de fraternidade em saída com os menores de hoje” e o lema “Chamem-se uns aos outros, todos sem exceção, irmãos menores... lavem os pés uns dos outros” (RnB VI, 3-4).
Este é o primeiro encontro de frades leigos (não ordenados presbíteros) da Conferência OFM Brasil e Cone Sul que é composta por 12 entidades (províncias e custódias) oriundas da Argentina, Brasil, Chile e Paraguai.
O congresso conta com a assessoria do Frei Vanildo Zugno OFMCap que iniciou os trabalhos refletindo a temática “Escuta da realidade, da Igreja e da vida religiosa na América Latina”.
O Ministro Geral, Frei Massimo Fusarelli OFM, enviou uma carta aos irmãos do congresso:
CARTA DO MINISTRO GERAL
Ao Congresso de Irmãos Leigos da Conferência Brasil-Cone Sul
Roma, 8 de novembro de 2023
Caros irmãos, que o Senhor lhes dê paz!
Junto-me com alegria no encontro de vocês, que é o primeiro daqueles que o Capítulo Geral de 2021 solicitou para toda a Ordem. Agradeço do fundo do coração por abrirem o caminho, que não é fácil para todos os irmãos do mundo aceitarem e promoverem. No entanto, ele é necessário! Por quê?
Tento compartilhá-lo com vocês.
1. O encontro de irmãos religiosos é vital para a fraternidade da Ordem, antes de tudo como uma memória carismática. A nossa identidade fundamental é a de sermos irmãos e menores: foi assim que recebemos o dom de viver o Evangelho e de anunciá-lo. Esta vocação é aquilo que nos une e nos identifica como frades menores. A todos, e antes que um ou outro ministério. Convido-os a aprofundar isto.
2. O encontro dos irmãos leigos é importante para recordar a dimensão laical da nossa vida evangélica. Não é primordialmente o ministério ordenado, com a sua dimensão de “separação” e de sagrado, que nos define, mas sim a vida como tal, em contato com tudo o que é humano, amando-a e aprendendo com isso. Aqui amadurece a abertura evangélica para o que é humano, incluindo a dimensão do trabalho, a presença entre e com as pessoas, a corresponsabilidade com as mulheres e os homens do nosso tempo para as questões mais vitais de hoje, entre as quais a paz, a justiça e o cuidado com a casa comum.
3. O encontro dos religiosos irmãos e aquilo que frutificar nele pode ajudar a todos nós a alcançar um contato renovado com a vida religiosa como tal, sem “acréscimos”.
Precisamos disto também para que nós, os irmãos presbíteros, consigamos viver duas vocações que permanecem diferentes e que devem aprender a viver em uma tensão dinâmica e criativa. Assim, precisamos uns dos outros para crescer na mesma vocação.
Caros irmãos,
Recomendo a vocês abrir um espaço de escuta, de partilha, de olhar aberto, para ouvir o que o Espírito está dizendo hoje à Igreja e à nossa fraternidade.
Peço a vocês a ousadia de olhar com coragem o presente e o futuro, para que possamos viver a nossa vida com alegria e audácia.
Convido vocês a testemunharem a graça de um caminho simples de Frades Menores, gasto na busca do Senhor, na fraternidade, como menores e pobres, capazes de caminhar entre e com os pequenos e os pobres de hoje, na missão de anunciar o Evangelho.
Que o Senhor os acompanhe nesse caminho e proteja a todos nós!
Saúdo-os fraternalmente com a Bênção de São Francisco.
Frei Massimo Fusarelli, OFM
Ministro Geral
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