Celebramos neste final de semana 31 de maio de 2020, a feste de Pentecostes, a vinda do Espírito Santo sobre a Igreja nascente “Quando chegou o dia de Pentecostes, todos eles estavam reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um barulho como o sopro de um forte vendaval, e encheu a casa onde eles se encontravam” ( At 2, 1-2).
Este fato aconteceu no Cenáculo, localizado no Monte Sião – Ali ainda aconteceream a Instituição da Eucaristia, onde Jesus comeu a Última ceia com os Apóstolos (Mt 26, 17-29; Mc 14, 12-25; Lc 22, 7-23), Instituição do Sacerdócio, do Mandamento do Amor e do Lava-pés (Jo 13, 1-15). Foi neste local que Jesus também nos deixou o seu Testamento e a Oração Sacerdotal (Jo 15 a 17) e o Sacramento da Reconciliação. Diz o Papa Francisco: “O Cenáculo recorda-nos a partilha, a fraternidade, a harmonia, a paz entre nós. Quanto amor, quanto bem jorrou do Cenáculo! Quanta caridade saiu daqui como um rio da sua fonte, que, ao princípio, é um ribeiro e depois se alarga e torna grande” (Homilia no cenáculo, Peregrinação maio de 2014).
Embora sendo o coração do cristianismo, hoje o Cenáculo é de propriedade do Estado de Israel, e não tem celebração do culto cristão. Todo peregrino pode rezar ali, em silêncio. A cada ano, pela festa de Pentecostes, os Freis Franciscanos com peregrinos, rezam a Missa Solene no Convento São Salvador e seguem em procissão para a oração das II Vésperas no Cenáculo, o que sim é permitido, por ocasião da festa de Pentecostes. Momento único, é o da oração da unidade, o Pai Nosso, rezado na língua nativa de cada um dos presentes. Os Sumos Pontífices São João Paulo II (2000) e Papa Francisco (2014), por ocasião das visitas apostólicas, foram os últimos que celebraram a Eucaristia, no local da Instituição da mesma.
Foi no ano de 1333 que os franciscanos reconstruíram, a partir das ruínas dos Cruzados, o atual prédio de dois andares, conforme as narrações bíblicas. Em 1524 os Frades foram banidos pelo Império Otomano e o Cenáculo entregue a uma família muçulmana. Desde 1948 o estado de Israel tem posse desse local sagrado e tão caro à nossa fé e reabriu à visita de peregrinos.
Os Franciscanos em 1936 construíram uma igreja e um convento anexos ao Cenáculo, chamado de Cenacolino (pequeno Cenáculo), onde se celebrar a Eucaristia.
Frei Paulo André Maia
Comissário da Terra Santa
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